A tua mente é como o céu

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A tua mente é como o céu.
Às vezes, está azul e sem nuvens.
Outras vezes, está nublada, escura, e prenuncia uma tempestade prestes a rebentar.
Muitas vezes, está só um pouco cinzenta.
 
Os teus pensamentos são como as nuvens.
Claras, alegres e soalheiras quando pensas: “Olha o que consigo fazer” ,
ou “Adoro andar de bicicleta”, ou ainda “O dia de hoje foi bom”.
Ou escuras, tristes e chuvosas quando pensas: “Não percebo nada disto”,
ou “Nunca vou conseguir fazer isto bem”, ou ainda “Não sou bom a nada”.

 

O novelo de emoções

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Era uma vez uma menina chamada Marta.
A Marta era muito curiosa e gostava de explorar o mundo para descobrir coisas novas. Adorava pintar, dançar, correr e saltar.
Por vezes ficava muito baralhada, porque sentia umas coisas dentro dela que não sabia explicar.
 
Certo dia, a Marta ouviu os pais dizerem que eram as emoções, mas continuava sem compreender do que falavam e tinha cada vez mais dificuldade em perceber e explicar o que sentia.
Numa daquelas vezes em que estava a sentir coisas que não sabia explicar, sentou-se no chão do jardim lá de casa a pensar, e foi então que ouviu uma voz…

 

A outra mulher

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Ao fim de vinte e um anos de casamento, descobri a forma de manter viva a chama do amor e a intimidade na minha relação com a minha mulher.
Recentemente, comecei a sair com outra mulher.
Na realidade, a ideia não foi minha.
— Tu sabes que gostas dela — disse-me ela um dia, apanhando-me de surpresa. — A vida é muito curta. Precisamos de estar com as pessoas que amamos.
— Mas eu amo-te a ti — protestei eu.
— Eu sei. Mas também a amas a ela. Talvez não acredites em mim, mas acho que, se vocês passarem mais tempo juntos, nós os dois vamos sentir-nos mais unidos.
Como sempre, Peggy tinha razão.
A outra mulher com quem a minha me encorajava a sair era a minha mãe. Continuar a ler

Uma história para o dia de São Valentim

jpLarry e Jo Ann eram um casal normal. Viviam numa casa normal numa rua normal. Como qualquer outro casal normal, tentavam fazer face às despesas e dar o melhor aos filhos.

Mas também eram normais num outro aspeto: tinham as suas discussões. E muitas das questões prendiam-se com o que não estava bem no seu casamento e com quem tinha a culpa. Até que um dia aconteceu uma coisa extraordinária…

— Sabes, Jo Ann, tenho uma cómoda mágica. Sempre que abro uma das gavetas, ela está cheia de meias e roupa interior — disse Larry. — E tenho-me esquecido de te agradecer por contribuíres para isso ao longo de todos estes anos!

O Ann olhou para o marido, espantada. E ele continuou: Continuar a ler

A Viagem de Chase

Quando o meu pai e a minha madrasta souberam que não podiam ter um bebé, decidiram tornar-se uma família de acolhimento. A ideia de dar uma família a uma criança e, ao mesmo tempo, permitir que a nossa crescesse era precisamente aquilo que procurávamos. Passados muitos meses, Chase, um menino de dois anos, entrou nas nossas vidas. Continuar a ler

A canção da avó – história do México

No  coração do México, os falcões sobrevoam as altas montanhas, mergulhando em  direção às encostas suaves, semeadas de milho. Debaixo do sol tropical, as  iguanas descansam sobre rochedos brilhantes, e os tucanos conversam com os  guaxinins empoleirados em árvores verde-esmeralda. Por entre as colinas, os  pumas correm, as raposas cinzentas procuram galinhas, e os lobos uivam entre si,  à noite.

Numa  aldeia situada no sopé das montanhas, vivia uma avó com a neta. Plantavam milho,  tomates e girassóis na Primavera e juntas viam os rebentos verdes despontar da  terra. No Verão, colhiam lírios brancos como leite, punham-nos em cestos às  costas, e levavam-nos para vender no mercado. Pelo Outono, decoravam caules  esguios de milho para a festa das colheitas, a fim de agradecer os cereais de um  ano inteiro. No Dia dos Mortos, costumavam erigir um altar e acender velas,  relembrando os entes queridos. E no Natal, pegavam em cola e papel e faziam  pinhatas, que enchiam com frutas e doces.

A  avó era alta e imponente. Tinha as faces macias e as maçãs do rosto bem  marcadas. Os olhos eram profundos, castanhos e doces. Embora tristes, eram  bondosos. Tinha o peito largo e as ancas redondas. Pernas e pés robustos  ligavam-na à terra, como se fosse uma árvore antiga. Os braços eram fortes e as  mãos graciosas, com dedos longos e finos. Era uma mulher tão delicada como os  rebentos de um jacarandá.

A  neta gostava de explorar e de sonhar. Costumava brincar sozinha, nos campos e  nas florestas, mas tinha medo das sombras escuras, dos barulhos dos animais, e  de tudo o que fosse novo e diferente. Continuar a ler