Eu e Sharifa éramos colegas de turma em 1998, na Universidade para Refugiados Afegãos em Peshawar, e, na altura, vivíamos num bairro populoso habitado principalmente por refugiados afegãos que tinham escapado à ocupação do Afeganistão pelos talibãs. Ela era a mais velha de seis filhas, nascidas com intervalos de apenas um ano. Sharifa era uma rapariga cheia de vida, divertida, adorava brincar e pregar partidas, e era popular junto dos colegas e dos professores. Era baixa com grandes olhos verdes, e recordo-me de ela usar um hijab azul-escuro demasiado grande que a cobria completamente. Continuar a ler