No meu país, as cercas
são visíveis e inúteis.
Na infância, rouba-se fruta
do quintal alheio, as goiabas
do vizinho mais gostosas.
No meu país, as cercas
são visíveis e inúteis.
Na infância, rouba-se fruta
do quintal alheio, as goiabas
do vizinho mais gostosas.
Chen era dono de muito pouco.
O riquexó de palhinha era a sua verdadeira riqueza pois, devido a ele, podia comprar uma tigela de arroz e, às vezes, conserva de carne com gengibre. Tinha ainda um grande chapéu que servia também de guarda-chuva. E, por último, dispunha de uma cabana de bambu, no alto de uma colina, com vistas para a baía de Hong-Kong.
Uma cabana, é exagero. A casa de Chen resumia-se a três tábuas e a um montão de folhas. Estava encostada ao muro de suporte de uma bela propriedade. Dele saíam ramos de jasmim que, no tempo da floração, ofereciam a Chen uma sombra perfumada. Continuar a ler