Que esta manhã de Páscoa nos ajude a refletir sobre a vida que tão generosamente nos foi dada. Que ela nos ajude a abandonar os fardos que carregamos – velhas dores, velhos hábitos, velhas formas de ver e sentir – e nos dê a coragem de começar de novo. Continuar a ler
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Posso
Hoje levantei-me cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. Continuar a ler
O espelho
Quando era pequeno, durante a guerra, éramos muito pobres e vivíamos num vilarejo distante. Certo dia, na estrada, encontrei os pedaços partidos de um espelho. Uma motocicleta alemã tinha tido um acidente naquele lugar. Continuar a ler
O Sentido da Vida
Um dia, quando um sábio passava por uma estrada, deparou com um homem sentado na berma. O homem tinha um ar tão desolado que o sábio se deteve e lhe perguntou: Continuar a ler
Eu sei, mas não devia
Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. Continuar a ler
A criança e a vida
Companheira do sol e das raízes, cheguei à grande cidade. Numa mão levava o diploma, na outra, o medo. O resto era a história antiga da minha solidão e da minha esperança… Continuar a ler
O lado sombrio do quotidiano – A Sombra Coletiva
Cada um de nós contém um Dr. Jekyll e um Mr. Hyde: uma persona agradável para uso quotidiano e um “eu” oculto e noturno que permanece silenciado a maior parte do tempo. Emoções e comportamentos negativos – tais como raiva, inveja, vergonha, falsidade, ressentimento, luxúria, cobiça, tendências suicidas e homicidas – permanecem ocultos imediatamente abaixo da superfície, mascarados pelo nosso “eu” mais adaptado às situações. No seu conjunto, são conhecidos em psicologia como a sombra pessoal, que continua a ser, para a maioria das pessoas, um território indomado e inexplorado. Continuar a ler
No nascimento do Mundo
Acho que aos seis anos já não acreditava que era Jesus Menino, literalmente, a colocar as prendas nos sapatos. Mas até aí ficava com o ouvido colado ao vidro fosco, a perceber se os ruídos explicavam o mistério do momento. Continuar a ler
O lado sombrio do quotidiano – A sombra individual
Em 1886, mais de uma década antes de Freud sondar as profundezas da escuridão humana, Robert Louis Stevenson teve um sonho altamente revelador: um homem, perseguido por um crime, engolia um certo pó e passava por uma mudança drástica de caráter, tão drástica que se tornava irreconhecível. O amável e laborioso cientista Dr. Jekyll transformava-se no violento e implacável Mr. Hyde, cuja maldade ia assumindo proporções cada vez maiores à medida que o sonho se desenrolava. Continuar a ler
O menino que cortou o fio da chuva
Era pálido e loiro, e chamava-se Leopoldo…
As pessoas que o viam ao pé da mãe, que tinha a pele branca, os cabelos claros e os olhos castanhos, diziam que se parecia com ela; os que o encontravam com o pai, que era moreno, com a barba e os cabelos pretos, mas de olhos azuis, diziam que era o retrato dele. O menino herdara a cor da pele e dos cabelos da mãe e os olhos azuis do pai… Mas que importa isso agora? O menino cresceu há muito tempo já, e não sabemos para onde foi. Continuar a ler
Águas vivas
A senhora é rica?
As duas crianças, de casacos gastos e já demasiado pequenos, encolheram-se junto à porta:
— Por favor, a senhora tem alguns jornais velhos? Continuar a ler
Acredita
Era uma vez uma senhora que tinha três cães. Um era já velhote. Outro, assim assim. O terceiro era um cachorro ladino, que nunca estava quieto.
Os três da mesma raça. Não me perguntem qual, porque nisso de marcas de cães e raças de automóveis – perdão! – de raças de cães e marcas de automóveis sou muito ignorante. Continuar a ler