A bondade do Sol, que tudo faz crescer e vestir-se de cor.
A ternura da Água, que penetra na terra e faz surgir o milagre da vida.
Escreve o que sentes diante da imagem deste lindo bosque.
A bondade do Sol, que tudo faz crescer e vestir-se de cor.
A ternura da Água, que penetra na terra e faz surgir o milagre da vida.
Escreve o que sentes diante da imagem deste lindo bosque.
Errado e certo e ficar liberto
Se alguma vez assististe a um concurso, então já sabes alguma coisa sobre o “certo” e o “errado”. O jogador que responde errado perde o jogo. O jogador que responde certos, ganha.
Na vida, o “certo” e o “errado” são um pouco assim.
Quando fazes alguma coisa errada, alguém perde — tu ou a outra pessoa. Quando fazes uma coisa certa, todos ganham.
Se não deixares o teu irmão entrar no jogo, ele perde a oportunidade de jogar. Tu também perdes — a oportunidade de seres justo e gentil.
Mas se jogarem o jogo juntos, então ambos ganham.
Provavelmente, a maneira mais simples de distinguires o bem do mal é perguntares a ti mesmo:
— Será que vou magoar-me ou magoar alguém? Será que vou ferir os sentimentos de alguém?
Se sim, então está mal.
Já deves ter visto bandas desenhadas onde alguém está a tentar tomar uma decisão.
Um pequeno anjo num ombro aconselha-o a fazer o bem.
Um pequeno diabo no outro ombro aconselha-o a fazer o mal.
Claro que isto não acontece na vida real, mas a tua “consciência” é um pouco o anjo. A tua consciência está dentro de ti e ajuda-te a fazer o bem.
Quando magoares alguém por fazeres alguma coisa errada, reconhece que fizeste mal e pede desculpa.
Tenta encontrar uma maneira de fazeres que a outra pessoa se sinta melhor. Podes fazer um desenho para mostrares que estás arrependido. Podes arranjar o que estragaste ou devolver o que tiraste.
Alguma vez sentiste que estás a ter um mau dia? Talvez estejas cansado e irritado. Talvez seja a tua irmã que está a aborrecer-te. Talvez queiras até fazer alguma coisa que não te é permitida.
Não podes evitar o que sentes, mas podes mudar a tua maneira de agir.
Não tens que ser maus quando estás zangado. Não tens de gritar com a tua irmã quando ela está a ser aborrecida e não deves utilizar as coisas novas do teu pai sem lhe pedir licença.
Tu mandas na tua boca, nas tuas mãos e nos teus pés.
Tu tens poder para fazer o que está certo.
Não podes mudar ou controlar os outros, mas podes controlar as tuas próprias acções.
Se mentes e dizes que o teu primo partiu a lâmpada, magoas o teu primo porque é ele que fica com as culpas. Mas também te magoas a ti. Se te habituares a mentir, as pessoas deixam de confiar em ti.
Se não sabes resolver o teste e copias pelo teste do teu colega, também te magoas a ti. O professor não sabe que precisas de ajuda nessa lição e podes vir a ter problemas nas lições seguintes.
E se roubas um baralho de cartas? Magoas o dono da loja, que precisa de vender as cartas para ganhar dinheiro. Magoas também a tua consciência, porque sabes que não está certo roubar.
Por vezes, as crianças pensam que, para que se goste delas, têm de ser como as outras crianças.
É normal querer pertencer a um grupo.
Mas não penses que tens de fazer disparates só para pertenceres ao grupo.
E se os teus amigos te convidarem para ires com eles sujar as janelas do senhor que vive ao fundo da rua?
Sabes que não deves sujar a casa de outra pessoa, mas não queres que os teus amigos pensem que és medricas.
Sê sincero contigo — e com o que tu pensas que está certo ou errado. Os amigos que querem que faças o que está errado não são teus amigos.
Podes sugerir-lhes outra coisa ou apenas dizer-lhes: “Não, obrigado”, e afastares-te.
Já deves ter visto jogos de vídeo onde ganhas pontos por bateres e dares pontapés ao “mau da fita”.
Jogos como este ensinam mal as crianças, porque a violência (fazer mal aos outros) está errada.
Em alguns casos raros, quando as suas vidas estão em perigo, as pessoas precisam de se defender. Isso chama-se “legítima defesa”, e é a única vez que faz sentido magoar outra pessoa.
Quando estás a discutir com alguém, existem outras hipóteses para além de lutar. Podes conversar ou não ligar.
Não está certo lutar.
Usa as tuas capacidades a favor da paz.
Ser bom não tem só a ver com o que não se deve fazer. Também tem a ver com o que se deve fazer.
Está certo não sujar as janelas do vizinho, mas é melhor ajudá-lo a levar as compras para casa.
Está certo não chamar nomes às outras crianças, mas é melhor convidá-las para brincar.
É bom ajudar as pessoas que são tratadas injustamente. Isto é verdade, especialmente se elas não conseguem defender-se sozinhas por alguma razão — talvez por serem muito tímidas, por exemplo.
Não basta cumprir as regras. Vai mais longe — ajuda, defende, faz o bem.
Vê as notícias e vais aperceber-te que há muitas coisas erradas no mundo. Mas tu podes ajudar a tornar o mundo melhor, pouco a pouco.
Sempre que não te vingas de alguém que te magoou, tornas o mundo mais pacífico.
Sempre que defendes os direitos de alguém, tornas o mundo mais justo.
Sempre que escolhes o bem em vez do mal, tornas o mundo melhor.
O mais importante é seres carinhoso.
Sê carinhoso… e nunca sairás mal.
Lisa O. Engelhardt
Errado e certo
e ficar liberto
Lisboa, Paulinas, 2003
Adaptação
Viagem de vento e de sol.
O mar e o céu,
no jovem coração de uma gaivota.
À semelhança do texto que acabaste de ler, redige um breve apontamento poético baseado na imagem proposta.
Descreve, em tons poéticos, a imagem que acabas de ver.
As aves anunciam o Sol e, com ele, a Primavera.
É passado o Inverno, do calor do lume e das longas conversas à lareira.
Agora, o Verão, a areia dourada e a frescura das ondas, os papagaios de papel a rodopiar no céu.
Depois, o Outono, das folhas que dançam, vermelhas, ao sopro do vento.
Seria interessante dedicares a cada uma das estações do ano um pequeno poema.
Procura, em relação à Primavera, basear-te na imagem que acabaste de ver.
O menino ouve, atento, a voz da mãe.
Das páginas do livro que ela tem entre as mãos, brota um mundo encantado de Primavera em flor.
Descreve o que vês na imagem. Se quiseres, podes colori-la em seguida.
As rosas crescem nas floreiras do terraço.
As crianças viajam nas páginas de um livro, tal como a ave, ao longe, viaja pelos céus.
Imagina a passagem da história que estarão a ler, e redige, em seguida, um pequeno texto.
Como é agradável ouvir uma boa história antes de ir para a cama!
Até a lua parece espreitar por entre as cortinas irrequietas…
Mergulha no mar da fantasia, escreve uma página da história que está a ser lida.
Sempre mal-humorado, o gato Plácido não se dá com ninguém. Resmunga por causa do tempo, diz mal de toda a gente, queixa-se de tudo.
Imagina uma situação que faça com que o gato Plácido aprenda a dar valor ao que tem, a apreciar os outros, a descobrir as coisas boas que a vida pode oferecer.
Liberdade de nascer de novo, para lá da prisão do materialismo; não desistir da esperança, face à vida sem ideais que a sociedade oferece; ser capaz de dizer não ao prazer irresponsável, que deixa atrás de si um rasto de aviltamento.
Partindo da imagem proposta, comenta e desenvolve o texto acima transcrito.
Uma janela que se abre sobre os campos.
O perfume do horizonte, nas asas de uma ave que atravessa os céus.
Tenta segui-la com o olhar, imagina que és a própria ave de horizonte aberto, inicia a viagem sonhada no tempo ou no espaço.
Exprime por escrito as tuas impressões.
Da branca janela enfeitada de petúnias, um gato olha o mundo exterior. Sente-se confortável, protegido, longe dos seus irmãos sem eira nem beira.
Imagina um diálogo entre o gato à janela (podes dar-lhe um nome, se quiseres) e um gato que tenha passado perto.
O que teriam a dizer um ao outro?
Entre lençóis de nuvens, o menino dorme.
Apoia a cabeça no branco travesseiro da lua, que lhe murmura ao ouvido histórias sobre os mistérios da noite e das estrelas.
Escreve, em forma de poema, as palavras sonhadoras que a lua segredou ao menino.
Os quatro amigos, juntos, construíram um lindo papagaio. Há-de voar pelos céus, como os passarinhos, porque representa a amizade que une meninos tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão parecidos.
Queres indicar algumas semelhanças entre os quatro amiguinhos?