Errado e certo e ficar liberto (ensinar a escoher)

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Errado e certo e ficar liberto

Certo e errado. Perder e ganhar

Se alguma vez assististe a um concurso, então já sabes alguma coisa sobre o “certo” e o “errado”. O jogador que responde errado perde o jogo. O jogador que responde certos, ganha.
Na vida, o “certo” e o “errado” são um pouco assim.
Quando fazes alguma coisa errada, alguém perde — tu ou a outra pessoa. Quando fazes uma coisa certa, todos ganham.
Se não deixares o teu irmão entrar no jogo, ele perde a oportunidade de jogar. Tu também perdes — a oportunidade de seres justo e gentil.
Mas se jogarem o jogo juntos, então ambos ganham.

Distinguir o bem do mal

Provavelmente, a maneira mais simples de distinguires o bem do mal é perguntares a ti mesmo:
— Será que vou magoar-me ou magoar alguém? Será que vou ferir os sentimentos de alguém?
Se sim, então está mal.

A tua consciência

Já deves ter visto bandas desenhadas onde alguém está a tentar tomar uma decisão.
Um pequeno anjo num ombro aconselha-o a fazer o bem.
Um pequeno diabo no outro ombro aconselha-o a fazer o mal.

Claro que isto não acontece na vida real, mas a tua “consciência” é um pouco o anjo. A tua consciência está dentro de ti e ajuda-te a fazer o bem.

Todos erramos

Quando magoares alguém por fazeres alguma coisa errada, reconhece que fizeste mal e pede desculpa.
Tenta encontrar uma maneira de fazeres que a outra pessoa se sinta melhor. Podes fazer um desenho para mostrares que estás arrependido. Podes arranjar o que estragaste ou devolver o que tiraste.

Bons e maus dias

Alguma vez sentiste que estás a ter um mau dia? Talvez estejas cansado e irritado. Talvez seja a tua irmã que está a aborrecer-te. Talvez queiras até fazer alguma coisa que não te é permitida.
Não podes evitar o que sentes, mas podes mudar a tua maneira de agir.
Não tens que ser maus quando estás zangado. Não tens de gritar com a tua irmã quando ela está a ser aborrecida e não deves utilizar as coisas novas do teu pai sem lhe pedir licença.
Tu mandas na tua boca, nas tuas mãos e nos teus pés.
Tu tens poder para fazer o que está certo.
Não podes mudar ou controlar os outros, mas podes controlar as tuas próprias acções.

Mentir, copiar e roubar

Se mentes e dizes que o teu primo partiu a lâmpada, magoas o teu primo porque é ele que fica com as culpas. Mas também te magoas a ti. Se te habituares a mentir, as pessoas deixam de confiar em ti.
Se não sabes resolver o teste e copias pelo teste do teu colega, também te magoas a ti. O professor não sabe que precisas de ajuda nessa lição e podes vir a ter problemas nas lições seguintes.
E se roubas um baralho de cartas? Magoas o dono da loja, que precisa de vender as cartas para ganhar dinheiro. Magoas também a tua consciência, porque sabes que não está certo roubar.

Imitar os outros para pertencer ao grupo

Por vezes, as crianças pensam que, para que se goste delas, têm de ser como as outras crianças.
É normal querer pertencer a um grupo.
Mas não penses que tens de fazer disparates só para pertenceres ao grupo.

E se os teus amigos te convidarem para ires com eles sujar as janelas do senhor que vive ao fundo da rua?
Sabes que não deves sujar a casa de outra pessoa, mas não queres que os teus amigos pensem que és medricas.

Sê sincero contigo — e com o que tu pensas que está certo ou errado. Os amigos que querem que faças o que está errado não são teus amigos.
Podes sugerir-lhes outra coisa ou apenas dizer-lhes: “Não, obrigado”, e afastares-te.

Violência

Já deves ter visto jogos de vídeo onde ganhas pontos por bateres e dares pontapés ao “mau da fita”.
Jogos como este ensinam mal as crianças, porque a violência (fazer mal aos outros) está errada.
Em alguns casos raros, quando as suas vidas estão em perigo, as pessoas precisam de se defender. Isso chama-se “legítima defesa”, e é a única vez que faz sentido magoar outra pessoa.

Quando estás a discutir com alguém, existem outras hipóteses para além de lutar. Podes conversar ou não ligar.
Não está certo lutar.
Usa as tuas capacidades a favor da paz.

Ser bom e fazer o bem

Ser bom não tem só a ver com o que não se deve fazer. Também tem a ver com o que se deve fazer.
Está certo não sujar as janelas do vizinho, mas é melhor ajudá-lo a levar as compras para casa.
Está certo não chamar nomes às outras crianças, mas é melhor convidá-las para brincar.

É bom ajudar as pessoas que são tratadas injustamente. Isto é verdade, especialmente se elas não conseguem defender-se sozinhas por alguma razão — talvez por serem muito tímidas, por exemplo.
Não basta cumprir as regras. Vai mais longe — ajuda, defende, faz o bem.

Um mundo melhor

Vê as notícias e vais aperceber-te que há muitas coisas erradas no mundo. Mas tu podes ajudar a tornar o mundo melhor, pouco a pouco.
Sempre que não te vingas de alguém que te magoou, tornas o mundo mais pacífico.
Sempre que defendes os direitos de alguém, tornas o mundo mais justo.
Sempre que escolhes o bem em vez do mal, tornas o mundo melhor.

O mais importante é seres carinhoso.
Sê carinhoso… e nunca sairás mal.

Lisa O. Engelhardt
Errado e certo
e ficar liberto

Lisboa, Paulinas, 2003
Adaptação

As aves anunciam o sol, e com ele, a vida

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As aves anunciam o Sol e, com ele, a Primavera.

É passado o Inverno, do calor do lume e das longas conversas à lareira.

Agora, o Verão, a areia dourada e a frescura das ondas, os papagaios de papel a rodopiar no céu.

Depois, o Outono, das folhas que dançam, vermelhas, ao sopro do vento.

Seria interessante dedicares a cada uma das estações do ano um pequeno poema.

Procura, em relação à Primavera, basear-te na imagem que acabaste de ver.

Sempre mal humorado, o gato Plácido

 Sempre mal-humorado, o gato Plácido não se dá com ninguém. Resmunga por causa do tempo, diz mal de toda a gente, queixa-se de tudo.

Imagina uma situação que faça com que o gato Plácido aprenda a dar valor ao que tem, a apreciar os outros, a descobrir as coisas boas que a vida pode oferecer.

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Liberdade de nascer de novo

 
Liberdade de nascer de novo, para lá da prisão do materialismo; não desistir da esperança, face à vida sem ideais que a sociedade oferece; ser capaz de dizer não ao prazer irresponsável, que deixa atrás de si um rasto de aviltamento.

Partindo da imagem proposta, comenta e desenvolve o texto acima transcrito.

 

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Uma janela que se abre

Uma janela que se abre sobre os campos.

O perfume do horizonte, nas asas de uma ave que atravessa os céus.

Tenta segui-la com o olhar, imagina que és a própria ave de horizonte aberto, inicia a viagem sonhada no tempo ou no espaço.

Exprime por escrito as tuas impressões.

 

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