Os banqueiros

dinheiro Gürbüz Doğan Ekşioğlu-カイ-m

Os banqueiros da grande bancaria do mundo, que praticam o terrorismo do dinheiro, podem mais do que os reis e os marechais, e mais do que o próprio Papa de Roma. Eles nunca sujam as mãos. Não matam ninguém: limitam-se a aplaudir o espetáculo.

Os seus funcionários, os tecnocratas internacionais, mandam nos nossos países: eles não são presidentes, nem ministros, nem foram eleitos em nenhuma eleição, mas decidem o nível dos salários e da despesa pública, os investimentos e desinvestimentos, os preços, os impostos, os lucros, os subsídios, a hora do nascer do sol e a frequência das chuvas.

Não cuidam, em troca, dos cárceres, nem das salas de tortura, nem dos campos de concentração, nem dos centros de extermínio, embora nesses lugares ocorram as inevitáveis consequências dos seus atos.

Os tecnocratas reivindicam o privilégio da irresponsabilidade:
— Somos neutros — dizem.

Eduardo Galeano

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